A primeira descrição histórica desse aminoácido foi mencionada em 1806, quando os cientistas Louis Nicolas Vauquelin e Pierre Jean Robiquet fizeram a separação deste aminoácido a partir da asparagina em estado cristalino.
No entanto, esse fato caiu em esquecimento por um tempo, mas em 1827, Auguste-Arthur Plisson redescobriu este aminoácido e o denominou de ácido aspártico. Sendo que esse aminoácido foi associado como componente das proteínas apenas em 1875, quando Karl Heinrich Ritthausen o obteve a partir de produtos da hidrolise ácida de proteínas de vegetais,e acabou descobrindo através desse experimento, a estrutura química do ácido aspártico (também conhecido como ácido asparagínico).
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Estrutura química do ácido aspártico |
Síntese de Obtenção do Ácido Aspártico
O ácido aspártico é abundante na maior parte das proteínas vegetais e animais. A melhor fonte dele é a asparagina. A síntese de obtenção do ácido aspártico é feita a partir da dissolução da asparagina em acido e, depois se neutraliza a mistura dissolvida até o pH 3,0 com hidróxido de sódio. Após a neutralização, se recupera o ácido aspártico com adição de volumes de álcool etílico, e o cristaliza em água.
O ácido aspártico pode também ser obtido por síntese mediante a reação do anídrico maleico e o amoníaco aquoso em autoclave, a uma elevada temperatura. Os produtos sólidos são tratados com HCl; onde vai ocorrer a separação do cloreto de amônio e a recuperação do ácido aspártico, que depois é recristalizado em etanol.
A Função e os Benefícios do Ácido Aspártico
O ácido aspártico é um aminoácido não essencial que está amplamente distribuído nas proteínas, embora se prove que ele desempenhe um papel importante no ciclo de energia do seu corpo.
Além disso, o ácido aspártico também participa do ciclo da ornitina (ciclo da ureia), nas reações do mecanismo de transaminação, bem como na formação de pirimidinas, purinas, carnosina e anserina.
Na desaminação pelo fígado, esse aminoácido é convertido em ácido oxalacético, que é um composto muito reativo. O ácido oxalacético pronto se converte em hidratos de carbono pelo fígado, que o se usa em processos de desintoxicação.
Este aminoácido também é necessário para dar energia ao cérebro e ajudar na saúde neural. Há algum tempo, o ácido aspártico era considerado muito importante no funcionamento do RNA e do DNA, bem como na produção de imunoglobulina e na síntese de anticorpos.
Além disso, alguns cientistas acreditam que o aspartato (forma iónica do ácido aspártico) ajude seu corpo a promover um metabolismo robusto. De tempos em tempos, algumas pessoas usam esse aminoácido para tratar depressão e fadiga.
O ácido aspártico desempenha um papel fundamental no ciclo do ácido cítrico (também conhecido como ciclo de Krebs), no qual vários outros aminoácidos e compostos bioquímicos são formados.
Basicamente, o ácido aspártico tem a reputação de ser uma substância que é usada para o tratamento de fadiga crônica, e pela função que desempenha na geração de energia celular.
Além disso, esse aminoácido promove o transporte de minerais para as células, que são essenciais para formar RNA e DNA saudáveis, enquanto também fortalece o sistema imunológico, estimulando um aumento na produção de imunoglobulinas e anticorpos.
Se você deseja ter uma mais mente afiada, procure ingerir alimentos com ácido aspártico, pois um dos benefícios dele é ajudar a manter a mente nesse estado, aumentando as concentrações de NADH (Nicotinamida Adenina Dinucleotídeo, tem como função principal produzir energia celular para o organismo) no cérebro.
Por sua vez, acredita-se que isso impulsiona a produção de produtos químicos necessários ao bom funcionamento mental. Finalmente, esse aminoácido é reconhecido como um elemento importante para remover o excesso de toxinas das células, especialmente a amônia, que danifica o fígado, o cérebro e o sistema nervoso humano.
Alimentos Ricos em Ácido Aspártico
O ácido aspártico é um aminoácido não essencial, que nosso próprio corpo é capaz de produzir como suprimento. Além disso, existem alimentos ricos nesse aminoácido, sendo que o ácido aspártico pode ser encontrado em fontes alimentares como carnes (boi, frango, peru, porco), melaço da cana-de-açúcar, ovos, laticínios, farelo de aveia, arroz, amaranto, cevada, milho, e etc.
Além disso, as pessoas que ingerem pouca proteína ou sofrem de distúrbios, podem sofrer com os sintomas causados pela deficiência de ácido aspártico, que é a fadiga extrema ou depressão.
Referências
- Enciclopédia Química – Clark-Hawley-Harmor- Omega- Barcelona-Espanha-1961.
- Microbiologia 10º edição – Tortora-Funke-Case- Aritmed- São Paulo- Brasil- 2012.
- https://aminoacidsguide.com/Asp.html (acessado em 20/04/2020 as 14:30)
- https://www.livestrong.com/article/518754-foods-high-in-d-aspartic-acid/ (acessado em 20/04/2020 as 14:55)
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